“...como talvez morrer, é recriar-se: a vida não está aí apenas para ser suportada nem vivida, mas elaborada. Eventualmente reprogramada. Conscientemente executada. Muitas vezes, ousada. Parece fácil: “escrever a respeito das coisas é fácil”, já me disseram. Eu sei. Mas não é preciso realizar nada de espetacular, nem desejar nada excepcional.
Não é preciso nem mesmo ser brilhante, importante, admirado. Para viver de verdade, pensando e repensando a existência, para que ela valha a pena, é preciso ser amado; e amar; e amar-se. Ter esperança; qualquer esperança. Questionar o que nos é imposto, sem rebeldias insensatas mas sem demasiada sensatez. Saborear o bom, mas aqui e ali enfrentar o ruim.
Suportar sem se submeter, aceitar sem se humilhar, entregar-se sem renunciar a si mesmo e à possível dignidade. Sonhar, porque se desistimos disso apaga-se a última claridade e nada mais valerá a pena. Escapar, na liberdade do pensamento... E que o mínimo que a gente faça seja, a cada momento, o melhor que afinal se conseguiu fazer.”
(Lya Luft)
"Suportar sem se submeter, aceitar sem se humilhar, entregar-se sem renunciar a si mesmo e à possível dignidade."
ResponderExcluirPerfeito!Lindo texto. beijo.
Amiga Regina, gosto muito da arte da Lya Luft, principalmente, dos contos.
ResponderExcluirUm abração. Tenhas uma linda noite.
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ResponderExcluirAdorei o seu blog. Vou segui-
lo, mas gostaria muito se vo-
cê seguisse o meu.
silvioafonso
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