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domingo, 26 de julho de 2009

Dona morte



Dona Morte é assim.
Vem sem pedir licença, quase sempre sem avisar.
Visita indesejada, não se importa de ser rejeitada. Ao contrário, anda sempre de nariz em pé.
Chega vestida à caráter: de luto.
É sarcástica, debochada, atrevida. Chega a ser imoral, a danada!
Não adianta chorar, pedir, implorar...
Ela não liga pra drama. É indiferente a qualquer demonstração de desespero.
Por nunca ter sido desejada ficou recalcada.
É uma mal-amada.
Ri da desgraça alheia.
Safada, sem-vergonha, indecente, traíra!
Não faltam adjetivos pra lhe classificar.
Tenho mais um bocado de impropérios pra falar.
Mas deixa estar.
Todos lhe soam bem aos ouvidos.

Dona Morte sai pra lá
Não venha, por causa disso, me pegar.
Não quero de você nem ouvir falar.
Vá azarar em outro lugar!

regina ragazzi

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