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quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Devaneio



Ele fitava insistentemente seu decote.
Ela não sabia por que isso lhe causou um arrepio em todo o corpo. E naquele momento fechou os olhos. Já não estava mais ali.
O lugar era escuro, e ela só enxergou um vulto se aproximando. Foi tomada por um calor intenso
Sentiu a respiração dele tão próxima ao seu pescoço que estremeceu.
E aquelas mãos atrevidas a acariciar sua pele.
Respiração ofegante, coração acelerado.
Ela tremeu, desfaleceu.
Queria protestar, correr, fugir. Mas só o que fez foi ficar ali, a mercê daquele desconhecido que a dominava por inteiro.
Nesse misto de culpa e desejo ela se perdeu.
Foi um amor latente, descontrolado, embriagador...
Beijos ardentes,
Sofreguidão,
Desejos incontidos, entrega...
Luzes, estrelas, música....

Sentiu as mãos suarem.
Abriu os olhos.
Ele ainda a fitava com o mesmo olhar.
E um leve sorriso nos lábios.

Ela chamou o garçom.
Pagou a conta e saiu apressada sem olhar para trás.
Ainda sentia no peito o efeito daquele devaneio.

regina ragazzi (15/04/09)

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