Esboço
Nos vãos onde águas repousam
Há fragmentos de realidades reversas
Vistos conforme a visada
Que se propõe
Na interface dos meios transparentes
Formam-se ondas randômicas
Levando seres atômicos
Além do equilíbrio líquido
A calha
Com folhas fora do escopo de dezembro
É côncava e dela
Uma modesta cascata se pronuncia
Tilintando vidro no cascalho
Árvores robustas se impõem bravas
Com copas de reis e rainhas
(O passarinho pia pia pia)
Emudeço ante estalos de dedos
Escapam-me dados
Sobrepõem-me cacos que
Não dão conta do todo
E somatizam os sorrisos mais
Gris.
Sandro Pinto
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O gosto das chuvas
Já provei o gosto das chuvas
A princípio as achei insípidas
Mas a cada nova gota
Que caia em minha boca
Eu sentia um sabor amargo
Que fazia arder minha língua
Que engano!
Eu nada entendia
Dos sabores das chuvas
Se comparadas aos temporais
Elas são doces... doces demais...
regina ragazzi
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Obrigada Poeta Sandro Pinto.
Uma honra para mim ter um poema seu inspirado no meu
Bj carinhoso.
...que linda dupla...gostei...também quero!
ResponderExcluirBeijos carinhosos e bom final de semana!