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quarta-feira, 21 de março de 2012

Fragmentos ... da infância ... (republicando)


Fuçando aqui e ali no meu blog encontrei essa postagem. Fiquei lendo e me deu saudade
Bom relembrar ...e eu ri muito da minha infantilidade...




Fragmentos de infância

... no meu tempo de criança subíamos o morro para levar leite em pó para as famílias carentes. Pra mim era festa Eu fazia com gosto...

... minha casa era grande. Tinha um armazém na frente que foi do meu avô e depois do meu pai. Bem defronte a minha escola...
... minha merenda era pão com creme e coca-cola...

...quando o bonde passava minha casa tremia. Passear de bonde era minha alegria...

... tão boa a D. Maria! me pegava no colo me dava a chupeta me fazia dormir e me dava muito carinho...

... quase todas as manhãs meu avô vinha nos visitar. Me sentava em cima da mesa. Sempre trazia balas para nos dar...

... meu primeiro amor foi o Renato o menino mais bonito da escola. Mas ele nunca me deu bola...

...no dias das mães as meninas se vestiam de anjo minha roupa era cor-de-rosa e eu coloquei a coroa em Nossa Senhora várias vezes na Igreja perto da minha casa......

... naquele tempo era comum as meninas irem buscar a professora em casa e trazer o material dela para a escola. A minha era a D.Cecília...

... na época de festa julina a rua em frente a minha casa ficava cheia de barraquinhas. Tinha quadrilhas, brincadeiras e podia quem quisesse oferecer músicas para o namorado...

... minha irmã gostava do Milton mas namorava o Orninho...

... uma vez minha mãe correu atrás de mim na casa da vizinha porque eu chamei o filho da outra vizinha de viado. Mas ele era mesmo...

... o primeiro palavrão que eu falei foi porra Sentada, jogando buraco com um dos meus irmãos e mais dois amigos dele. Minha mãe quase morreu...

... Amélia é que era mulher de verdade. Pobre da minha mãe...

... meu pai trabalhava no Banco. Todo natal tinha festa com almoço e presentes para as crianças. Uma vez ganhei uma boneca que ria quando a gente abria os braços dela O nome dela era Gui-Gui. Puxa, nunca me esqueci dela...

... minha avó querida quanta saudade de ti! Não posso nem lembrar que choro. Foi tudo em minha vida. Depois que ela se foi fiquei sozinha...

... uma vez fizemos uma apresentação no teatro que tb era cinema. Meus irmãos de terninho com mais um amigo cantaram"Era um garoto, que como eu... Hoje um deles é saudade...

...as meninas usaram vestido de chita lenço no pescoço e rosto pintado de preto Eu cantei" Nós temos pele tostada, cabelo de pichuim, mas somos bem animadas por isso cantamos assim: Siricoté...siricoté somos as neguinhas da Guiné..."

... os meninos costumavam se esconder dentro do quarto pra fumar cigarro de palha...

... eu tinha uma amiga que se chamava Rosária Ela também gostava do Renato. De vez em quando a gente se estranhava...

... meu pai sempre me chamou de Dina. Só ele, ninguém mais...

... uma vez caiu uma chuva de pedra que quebrou as vidraças e telhados de muitas casas. Foi o mais forte que já vi...

... eu e minha prima ficamos sentadas por horas na área cimentada da minha casa. De short pra queimar as pernas. Tivemos desidratação e quase tive que ficar internada...

... hum... por pouco não viro churrasco. Passei debaixo de um fio que soltava faíscas e parecia que estava sambando e dando chicotadas para todo lado. Me livrei por um triz..

. ... descobri que meu pai não era perfeito. Era perfeito como pai mas como homem tinha um defeito; Ficava todo cheio de sorrisos quando a morena passava... Foi aí que eu começei a desconfiar da fidelidade dos homens...

... lembrando dessas coisa e de outras mais cheguei a conclusão que tive uma infância feliz...
regina ragazzi

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