E a família vai crescendo...
Encontro dedicado a MURILO MENDES através da palestra AS MARCAS DE MURILO MENDES preferida por Leila Barbosa e Marisa Timponi, escritoras, professoras e pesquisadoras da História Literária de Juiz de Fora - aconteceu no dia 20 de abril de 2013, no Museu de Arte Murilo Mendes.
(Maria Helena Sleutjes)
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(Este encontro foi aberto ao público)
(Maria Helena Sleutjes)
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(Este encontro foi aberto ao público)
regina ragazzi
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Murilo Mendes
Somos todos poetas
Assisto em mim a um desdobrar de planos.
as mãos vêem, os olhos ouvem, o cérebro se move,
A luz desce das origens através dos tempos
E caminha desde já
Na frente dos meus sucessores.
Companheiro,
Eu sou tu, sou membro do teu corpo e adubo da tua alma.
Sou todos e sou um,
Sou responsável pela lepra do leproso e pela órbita vazia do cego,
Pelos gritos isolados que não entraram no coro.
Sou responsável pelas auroras que não se levantam
E pela angústia que cresce dia a dia.
as mãos vêem, os olhos ouvem, o cérebro se move,
A luz desce das origens através dos tempos
E caminha desde já
Na frente dos meus sucessores.
Companheiro,
Eu sou tu, sou membro do teu corpo e adubo da tua alma.
Sou todos e sou um,
Sou responsável pela lepra do leproso e pela órbita vazia do cego,
Pelos gritos isolados que não entraram no coro.
Sou responsável pelas auroras que não se levantam
E pela angústia que cresce dia a dia.
Murilo Mendes
Um dos meus poetas preferidos, Murilo Mendes.
ResponderExcluirLimerique
ResponderExcluirRegina e suas amigas com alegria
Reúnem-se para própria autarcia
Talentosas artistas
Têm apenas em vista
Encontro do Grupo Café com Poesia.
Minha terra tem palmeiras
ResponderExcluirDe açaí patuá e buriti
O arrulho melancólico nas tardes
Cálidas
Do canto da juriti
Frutas cicas
Oiticicas carnaúbas biriba
Adocicadas mangas
Pitombas maracujá
Pequi há no reinado
Do ananá
Murici amarelecido
Aromas do uxi
E o amanhecido
Canto do bem – te – vi
Bacuri que alimentou
Nosso herói sem caráter
Em outras terras não existe
O canto do sanhaçu
Nas frondes do cupuaçu
Não tem em outro lugar
Este céu azul
Onde a jandaia quase extinta
Pinta com suas asas de cores
Distintas
A pupunha e o caju
Aqui na Califórnia tem a encarnada
Maçã
Polinizadas por colibris mecânicos
Eternos campos de morangos
Vigiados por espantalhos virtuais
E a poética canção de Whitman
E a lagoa de David Thoreau
Mas não canta o sabiá
Nem o biguá e a jaçanã
Nem as flores de baunilhas
Recendes
Aqui temos Gonçalves Dias
E o poeta Murilo Mendes
E o caderno H
Oh! Deus se eu longe de lá
Morrer
Estes versos
Estes pássaros estes gomos
De frutas
Estes poetas do exílio
Trago aqui no meu coração
No meu poema canção
Eu os levarei e’ minha alma.
Luiz Alfredo - poeta