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quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Nem sempre sou igual - Alberto Caeiro



Nem sempre sou igual no que digo e escrevo.
Mudo, mas não mudo muito.
A cor das flores não é a mesma ao sol
De que quando uma nuvem passa
Ou quando entra a noite
E as flores são cor da sombra.

Mas quem olha bem vê que são as mesmas flores.
Por isso quando pareço não concordar comigo,

Reparem bem para mim:
Se estava virado para a direita,
Voltei-me agora para a esquerda,
Mas sou sempre eu, assente sobre os mesmos pés -
O mesmo sempre, graças ao céu e à terra
E aos meus olhos e ouvidos atentos
E à minha clara simplicidade de alma ...

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Passa, ave, passa, e ensina-me a passar ... Ah... eu gosto dele de qualquer jeito!!

Passa, ave, passa, e ensina-me a passar ...

“Antes o vôo da ave, que passa e não deixa rastro,
que a passagem do animal, que fica lembrada no chão.
A ave passa e esquece, e assim deve ser.
O animal, onde já não está e por isso de nada serve,
mostra que já esteve, o que não serve para nada.


A recordação é uma traição à Natureza,
porque a Natureza de ontem não é Natureza.
O que foi não é nada, e lembrar é não ver.


Passa, ave, passa, e ensina-me a passar!”




(Alberto Caeiro)

Brigadim Si!!!!
Bjss