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segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Um canto triste


Canta o pássaro num choro entristecido
Na madrugada solitária ele chora
Agora sabe que estará sempre sozinho
Sem o canto alegre que cantava outrora

Seu canto agora é apenas um gemido
É um lamento de saudade e dor
Enfim o pássaro se sentiu vencido
Quando suas próprias asas  arrancou

regina ragazzi

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Perdas



E de repente vi
Cada grão de areia
Escorrendo pelos meus dedos
E sendo levado pelo vento
Prá longe ... prá tão longe ...


E eu os deixava ir
Sentida por nada mais fazer
Por não conseguir os prender
Olhando minhas mãos
Cada vez mais vazias


Senti que se esvaziava também
Algo dentro de mim
E lágrimas rolaram
De minha face tristonha
Mais uma perda que vivi
Mais um sonho que adormeci ...

regina ragazzi

terça-feira, 24 de agosto de 2010

A tristeza



De tão triste
a tristeza adormeceu
nos braços da poesia
E dos versos
que lhe embalaram o sono
escorreram duas lágrimas
na lembrança do abandono
e da saudade que sentia

Mas ela, a tristeza,
já não sofria
Sonhava outros sonhos
enquanto dormia
Sonhos de acalento
à alma e ao coração
Doces momentos de emoção
vividos em lindas fantasias


E ela, a poesia,
cúmplice perfeita
de toda essa magia
ficou calada porque sabia
que nenhuma palavra
valeria tanto
quanto o encanto
de um sonho de amor
no silêncio
que só a alma entenderia

regina ragazzi

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Partidas


As mãos acenavam tristes

Dos olhos escorriam

duas lágrimas de dor

Um adeus ao filho amado

Que a morte não poupou



São tantas as mães que sofrem

A perda de um filho querido

No peito fica a saudade

Na boca o sorriso perdido



Mulheres fortes ... guerreiras

Aguentam toda essa dor

Vivem agora das lembranças

Que o filho amado deixou



regina ragazzi

Na noite fria




Se encolhia todo num canto


O corpo cansado tremia


No rosto a palidez


No peito nenhuma alegria




Dormia sempre ao relento


E naquela noite tão fria


Veio chuva e rajadas de vento


Destruindo o pouco que tinha




Era tanto o sofrimento


Que a Deus ele pedia


Um pouco mais de piedade


E a morte que alivia




regina ragazzi

Garota


Andava nas madrugadas

Exibindo o corpo quase nú

Um sorriso disfarçava

A dor que dilacerava

Seu coração sonhador



Era ainda uma garota

Que sonhava com o amor

Procurava o príncipe encantado

Em cada homem com quem se deitou



Foi ficando amargurada

E o seu destino amaldiçoou

Quando descobriu que conto de fadas

Só nos sonhos que sonhou



regina ragazzi

Vício



Tantas foram as viagens

Que ele queria fazer

Os olhos sempre vermelhos

Não lhe deixava ver



Que estava entorpecido

E a cabeça não pensava

Se despedia da vida

Enquanto viajava



Foram dias se entregando

Ao vício que o alimentava

Cada dia mais querendo

O veneno que o matava



Uma dose acertada

Foi fatal ao coração

Uma viagem sem volta

Deu cabo de sua aflição



regina ragazzi

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Vazio


Eu não sou triste nem solitária

Minha alma é que é assim

Por isso quero arrancá-la

Tirá-la de dentro de mim

Sem alma morre a poesia

Morre a mulher

morre a menina

Fica apenas um corpo

sem serventia ...



regina ragazzi